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Não vais todos os dias à casa de banho, as tuas fezes são duras e saem em bolas, tens que fazer muita força e ainda sentes que “não saiu tudo”?
Eu sei que é estranho e pode até ser desconfortável falar de cocó 💩, mas é preciso e é importante, pois é um sinal vital do teu corpo. A prisão de ventre é mais comum do que se pensa. E se já passaste ou passas por isso, sabes como pode ser frustrante. Mas não te preocupes, estou aqui para ajudar-te a entender os sintomas, causas, soluções e até a famosa escala de Bristol. Vamos a isso?
A prisão de ventre, também conhecida como obstipação, caracteriza-se por evacuações pouco frequentes (menos de três vezes por semana), fezes duras ou dificuldade em evacuar.
A prisão de ventre é uma condição que afeta uma grande parte da população portuguesa em alguma altura das suas vidas, podendo manifestar-se de forma temporária e menos preocupante (viagens, mudanças de rotina ou períodos de stress) ou de forma crónica, e aqui é preciso mais atenção, as razões para isto acontecer são multifatoriais.
Apesar de ser um quadro muito comum, não é normal e deve ser resolvido, porque pode originar problemas intestinais, entre muitos outros desequilíbrios que se manifestam fora do intestino.
Inclusive é uma das principais razões pelas quais as pessoas sofrem de flatulência excessiva e inchaço abdominal. Fezes paradas no intestino são o combustível perfeito para a fermentação excessiva e proliferação de bactérias potencialmente nocivas que produzem toxinas. 🦠 O conhecimento dá-te poder, por isso, vamos explorar um pouco!
Quantas vezes já olhaste para a forma, consistência e cor do teu cocó? Quantas vezes o médico já te fez esta pergunta? E quantas vezes ficaste sem saber o que responder?
Existe uma ferramenta fantástica que nos ajuda a avaliar as fezes dando-nos valiosas informações sobre a nossa própria saúde. Através da Escala de Bristol, por exemplo, é possível diagnosticar problemas hepáticos, pancreáticos, autoimunes e de alimentação. É possível perceber se estás a beber a quantidade de água suficiente, quais os teus níveis de stress, se ingeres fibras suficientes, entre outros.
“Diz-me como é o teu cocó, dir-te-ei como está o teu intestino!” Adapto este provérbio popular para mostrar a importância deste assunto. Se quiseres saber mais sobre o que a cor das tuas fezes diz sobre a tua saúde, consulta o meu livro “Cure o seu intestino – guia prático e descomplicado para melhorar MESMO a saúde intestinal” na página 37.
Neste e-book tens acesso a 20 receitas ilustradas, práticas e funcionais, todas sem glúten, lactose ou açúcares refinados. Estas receitas são ricas em ingredientes prebióticos, probióticos, fibras e propriedades anti-inflamatórias, ideais para ajudar a prevenir a prisão de ventre e promover um intestino feliz.
Cada receita inclui métodos e tempos de preparação explicados passo a passo, com opções de substituição de ingredientes para adaptares ao teu gosto.
Tu não precisas de ficar “presa dos intestinos”. Liberta-te e sente-te mais leve!
Aqui estão algumas das receitas que vais encontrar:
Queres saber mais? Dá uma espreitadela ⬇️:
Estas receitas foram cuidadosamente desenvolvidas para melhorar a tua saúde intestinal e digestiva! O meu lema é: “desembrulha menos e descasca mais”.
Lembra-te, cuidar do teu intestino é investir no teu bem-estar geral. Pequenas mudanças podem fazer uma grande diferença. E, claro, nunca subestimes o poder de uma boa receita para ajudar manter tudo a funcionar na perfeição!
Os principais órgãos pelos quais o teu corpo desintoxica são o intestino, fígado, rins, pulmões, pele e sistema linfático, se um deles não está a funcionar bem, vai ocorrer a acumulação de toxinas dentro do corpo.
No intestino reside mais de 75% do nosso sistema imunitário, se há acumulação de fezes e toxinas, isto vai impactar negativamente a integridade da parede intestinal e o equilíbrio da microbiota intestinal que é essencial para o fortalecimento do sistema imunitário.
A acumulação de fezes promove a proliferação de bactérias intestinais nocivas que produzem endotoxinas que levam ao aumento da permeabilidade intestinal.
Isto vai permitir a passagem das toxinas e outras macromoléculas para a corrente sanguínea, quando só deveriam entrar nutrientes. Olá doenças autoimunes!
No intestino vive uma comunidade de bactérias chamada estroboloma que regula os níveis de estrogénio no corpo, se esta comunidade é afetada devido à acumulação de fezes, vai existir uma recirculação do estrogénio que deveria ter sido eliminado.
Resultado: ciclo menstrual irregular, TPM com dores intensas, endometriose, síndrome dos ovários poliquísticos, infertilidade, cólicas dolorosas, miomas, etc.
Quem é que consegue estar de bom humor se não consegue ir à casa-de-banho? Ninguém, o mal-estar é horrível.
Além de que existe uma ligação profunda entre o nosso cérebro e o nosso intestino, onde é produzido mais de 90% do nosso neurotransmissor da felicidade, a serotonina!
O nosso corpo dá-nos sinais a que devemos estar atentos e saber interpretar. A prisão de ventre é um sinal muito importante. Mais uma vez, relembro que sofrer de prisão de ventre é muito comum mas não é normal, e há muita coisa que se pode fazer para melhorar quanto a isso.
Melhora a tua alimentação por amor ao teu corpo e à tua saúde, porque queres sentir mais autoconfiança e autoestima. Tudo isso é possível por incorporares mais alimentos do bem nas tuas refeições, e podes fazer isso de forma simples, prática e deliciosa com o Ebook Receitas para um Intestino Saudável!
Partilha comigo as tuas dúvidas e dificuldades para que eu e a minha equipa possamos escrever mais artigos que te possam ajudar!
Escala de Bristol: às vezes referido no Reino Unido como a “Escala de Meyers”, foi desenvolvida por Dr. Ken Heaton na Universidade de Bristol e publicado no Scandinavian Journal of Gastroenterology em 1997. A avaliação das fezes pode indicar problemas gastrointestinais, hidratação inadequada, alterações na microbiota intestinal e doenças digestivas como a síndrome do intestino irritável (SII). Profissionais de saúde utilizam a escala para orientar diagnósticos e tratamentos.
Disbiose: é a designação dada ao desequilíbrio da flora intestinal. A Disbiose não é uma doença, mas uma condição clínica que predispõe a inúmeras patologias. No nosso corpo, temos mais micro-organismos do que células. Dito isso, no intestino saudável existem 30 a 400 trilhões de micro-organismos, que inclui as bactérias. Normalmente, as bactérias do nosso intestino devem estar em simbiose, ou seja, em equilíbrio. O termo Disbiose aparece justamente quando há um desequilíbrio entre as bactérias “boas” e “ruins” do nosso intestino.
